Doação de órgãos: multiplicar vidas com ciência, ética e esperança
- Júlia Linhares
- 29 de set.
- 2 min de leitura
A doação de órgãos salva milhares de pessoas todos os anos e depende de informação, diálogo em família e sistemas de saúde organizados. No Brasil, o Dia Nacional da Doação de Órgãos é celebrado em 27 de setembro — data criada por lei para estimular a conversa sobre o tema e ampliar a consciência social. Falar sobre doação é falar de qualidade de vida e longevidade, propósitos que movem nosso trabalho em medicina regenerativa.

A decisão da família faz a diferença
Mesmo quando a pessoa declarou ser doadora em vida, a autorização familiar é decisiva. Por isso, conversar antes ajuda a transformar intenção em gesto concreto. Campanhas recentes do Ministério da Saúde reforçam que a recusa da família ainda é um dos principais obstáculos — falar “sim” com antecedência muda histórias.
Como funciona a doação de órgãos
A doação pode ocorrer após morte encefálica (com múltiplos órgãos) ou por doadores vivos (como rim e parte do fígado). As equipes confirmam o diagnóstico com protocolos clínicos rigorosos, avaliam compatibilidade e priorizam quem está na fila com critérios transparentes. No mundo, a OMS destaca a importância de sistemas éticos e seguros para ampliar o acesso e coibir práticas ilícitas — e trabalha em uma estratégia global para doação e transplantes.
Como apoiar — hoje
Converse com a família e registre seu desejo.
Compartilhe informação confiável; desmistificar salva vidas.
Doe em vida quando indicado e com avaliação médica.
Participe do Setembro Verde: campanhas locais ajudam a levar informação onde ela mais falta.
Olhando adiante: engenharia de tecidos contra a escassez
Mesmo com redes eficientes, a demanda ainda supera a oferta. Por isso, a ciência corre por alternativas: engenharia de tecidos, biomateriais e bioimpressão 3D buscam criar tecidos e, no futuro, órgãos funcionais, combinando células, andames (scaffolds) e fatores biológicos. Os avanços recentes mostram potencial para reduzir a fila de espera nas próximas décadas — com desafios de segurança, padronização e acesso. É nesse horizonte que a medicina regenerativa ganha força, alinhada ao nosso compromisso com ciência responsável e melhor vida para mais pessoas.
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