Pele impressa em 3D: conheça a técnica aplicada em paciente com queimadura
- Felipe Pereira

- 23 de mai.
- 2 min de leitura
A pele impressa em 3D está se tornando uma alternativa inovadora no tratamento de feridas complexas. Em um estudo clínico realizado na Austrália, uma paciente com queimadura recebeu um enxerto gerado por bioimpressão, utilizando células da própria pele, o que marca um avanço relevante para a medicina regenerativa.

Pele impressa em 3D: estudo clínico comprova viabilidade da técnica
Rebecca Torbruegge, enfermeira australiana, sofreu uma queimadura após um acidente de kart e foi tratada no Hospital Concord, em Nova Gales do Sul. A abordagem envolveu o uso de pele impressa em 3D, criada com células autólogas cultivadas em laboratório e aplicadas com precisão cirúrgica por meio do robô Ligo, desenvolvido pela empresa Inventia Life Science.
A paciente relatou boa recuperação e ausência de dor significativa após o procedimento, o que reforça os indícios positivos da tolerância e eficácia da tecnologia.
Como funciona a pele impressa em 3D
A técnica de pele impressa em 3D baseia-se no isolamento de células da própria paciente, que são multiplicadas e integradas a um biomaterial compatível. Esse composto é impresso camada por camada diretamente sobre a área lesionada, promovendo a reconstrução tecidual com maior precisão e menor risco de rejeição.
O robô Ligo aplica os biomateriais respeitando a arquitetura da ferida, reduzindo complicações comuns nos enxertos tradicionais, como infecções e cicatrizes profundas.
Resultados promissores na cicatrização de queimaduras
Os resultados preliminares do estudo indicam que o uso de pele impressa em 3D favorece uma cicatrização mais rápida e menos dolorosa. Além disso, a técnica pode reduzir a formação de cicatrizes e o tempo de internação hospitalar, o que representa um avanço tanto para os pacientes quanto para os sistemas de saúde.
A pesquisa segue em andamento e deve avaliar o uso da impressão em feridas mais profundas e em diferentes contextos clínicos, incluindo traumas extensos e cirurgias reconstrutivas.
Pele impressa em 3D e o futuro da medicina regenerativa
O desenvolvimento da pele impressa em 3D reforça o potencial da medicina regenerativa na criação de terapias personalizadas baseadas em células do próprio paciente. Essa abordagem biotecnológica tem impacto direto na recuperação funcional e estética de tecidos danificados, representando uma alternativatb adicionsegura e promissora no tratamento de lesões cutâneas.
Na R-Crio, acompanhamos de perto esse tipo de inovação por seu alinhamento com os princípios da terapia celular e com o uso de tecnologias baseadas em células-tronco e biomateriais. A personalização de tratamentos regenerativos pode se tornar, em um futuro próximo, um recurso importante em diferentes especialidades médicas.
Para que essas terapias estejam disponíveis quando forem necessárias, é essencial preservar desde cedo o seu tesouro biológico. Armazenar células-tronco com qualidade e segurança é o primeiro passo para acessar essas possibilidades no futuro.
Fonte: UOL VivaBem — Vítima de queimadura recebe pele impressa em 3D pela 1ª vez no mundo - Publicado em 17/05/2025




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