Córnea do olho danificada é restaurada em pacientes no Japão por meio de células-tronco
- Felipe Pereira
- 4 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 3 de jun.
As doenças que afetam a córnea são mais comuns do que imaginamos e, em casos graves, podem levar à cegueira. Os tratamentos convencionais, como transplante de córnea e medicamentos, aliviam os sintomas de muitos pacientes. No entanto, eles apresentam limitações em casos mais graves, como danos em ambos os olhos ou rejeição do transplante. Felizmente, a medicina regenerativa oferece novas alternativas. Neste artigo, você descobrirá como a córnea do olho danificada de pacientes no Japão foi regenerada por meio de um tratamento inovador com células-tronco.
Por que a córnea é tão importante para a visão?
A córnea, camada mais externa do olho, funciona como uma lente que direciona a luz para a retina. A renovação constante da córnea é crucial para preservar a transparência do tecido e, consequentemente, a qualidade da visão. O processo de regeneração depende de um reservatório natural de células-tronco localizado no limbo, região que conecta a córnea à esclera (parte branca do olho).
Quando essas células-tronco se tornam disfuncionais, surgem complicações graves, como a deficiência de células-tronco limbares (LSCD). Essa condição provoca sintomas como dor, sensibilidade à luz, e perda significativa da visão, sendo um grande desafio para a oftalmologia. Entretanto, avanços recentes, como os realizados pelos pesquisadores no Japão publicados da revista The Lancet, estão transformando esse cenário e abrindo novas possibilidades de tratamento.
Como funcionou o tratamento da córnea do olho danificada?
A equipe médica seguiu várias etapas para regenerar a córnea do olho danificada. Primeiramente, eles removeram os tecidos fibrosos e as células-tronco limbares comprometidas. Em seguida, posicionaram cuidadosamente uma folha epitelial na superfície do olho e fixaram-na com suturas. Essa folha, composta por várias camadas de células epiteliais derivadas de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs), foi cuidadosamente preparada para o procedimento.
Após a cirurgia, os médicos colocaram uma lente de contato terapêutica para proteger a área tratada. Durante o ano seguinte, eles realizaram exames regulares nos pacientes para monitorar a acuidade visual e avaliar a recuperação da córnea.
E quais foram os resultados?
Após 52 semanas, os pacientes demonstraram resultados impressionantes e encorajadores. A córnea recuperou grande parte de sua transparência, e a visão à distância melhorou significativamente. Além disso, os médicos observaram uma redução nos sintomas de dor e sensibilidade à luz, enquanto a vascularização da córnea apresentou sinais claros de melhora.
Esses avanços não apenas oferecem esperança para pessoas que enfrentam condições graves relacionadas à córnea do olho danificada, mas também destacam o impacto transformador da medicina regenerativa. Com seu potencial de revolucionar tratamentos, essa área da ciência está redefinindo os limites do que é possível na cura de doenças e na melhoria da qualidade de vida em todo o mundo.
E a R-Crio?
A R-Crio é uma referência no campo da medicina regenerativa, desempenhando um papel essencial na viabilização de tratamentos futuros. A empresa se destaca por oferecer condições ideais para o armazenamento de células-tronco adultas, um recurso indispensável para terapias regenerativas personalizadas. Armazenar células ainda jovens permite ampliar significativamente seu potencial de aplicação em tratamentos inovadores. Além disso, a R-Crio investe continuamente na pesquisa e no desenvolvimento de biomateriais, criando estratégias e avanços na bioengenharia que ampliam as possibilidades de uso das células-tronco em diferentes áreas da medicina.
Portanto, preservar células-tronco hoje é mais do que uma decisão para o presente: representa um investimento essencial para desenvolver terapias transformadoras que moldarão o futuro. Em um cenário onde tratamentos personalizados já estão se tornando realidade, garantir a preservação desse “tesouro biológico” é um passo estratégico para tornar essas terapias eficazes e acessíveis em um futuro próximo.
Por Júlia Linhares Santos – Formada em Bioquímica e Biologia MolecularPublicado em 04 dez 2024, 17h00
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